A  ex- governadora Roseana Sarney nem bem deixou o Palácio dos Leões e já pensa em voltar para o poder. Caso não sofra nenhuma punição no âmbito da operação Lava Jato, onde é acusada de receber propina e participar de esquema de corrupção na Petrobras, Roseana almeja ser candidata a prefeita de São Luís no próximo ano.
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Depois de quatro mandatos desastrosos como governadora do Maranhão, a filha do senador José Sarney alimenta o sonho que sempre teve: um dia comandar São Luís, cidade onde seu grupo político sofreu derrotas humilhantes ao longo dos últimos anos.
E não é só escândalos de corrupção que pesam contra Roseana Sarney. Em mais de 15 anos em que foi governadora, ela carrega consigo a pecha de incompetente, irresponsável e inábil. Foi nas suas gestões desastradas que o Maranhão empobreceu, o povo ficou miserável, o estado regrediu ao último lugar e, infelizmente, chegou aos piores indicadores sociais. Uma lástima!
Os governos de Roseana Sarney deixaram um legado vergonhoso de quase 2 milhões de maranhenses abaixo da linha de miséria (renda per capita de R$ 70 por mês). Dos quase 7 milhões de maranhenses, existem mais de 4 milhões sobrevivendo na base do Bolsa Família.
Incapaz, negligente administrativamente e totalmente despreparada para o desempenho de cargos públicos, Roseana deixou em décadas de desgoverno um enorme passivo negativo no MA: 64% da população passando fome; as três piores cidades em renda per capita – das 100 cidades com pior IDH, 20 são do Maranhão; apenas 6,5% dos municípios maranhenses com rede de esgoto e dos 15 municípios brasileiros com as menores rendas, segundo o IBGE, dez situados no Maranhão (é o estado brasileiro com maior percentual de miseráveis). Em 2012, o Maranhão governado por Roseana Sarney tinha a segunda maior taxa de analfabetismo de jovens e adultos, com 20,8% da população de 15 anos ou mais sem saber ler e escrever e ainda altas taxas de mortalidade infantil.
Em relação a São Luís, a ex-governadora Roseana Sarney além de não ajudar os prefeitos, a exemplo de João Castelo e Edivaldo Holanda Júnior, perseguiu o quanto pôde a cidade e ainda atuou para que recursos do governo federal não fossem liberados. Neste seu último mandato, Roseana não celebrou um convênio com a Prefeitura de São Luís. Seu grupo político, através do seu pai, José Sarney, a base da chantagem e pressão política, trabalhou arduamente em Brasília para que a capital fosse discriminada, esquecida, de modo que não recebecesse a ajuda/benesse do governo federal.
A ex-governadora deixou um Maranhão destruído, atrasado, atolado em dívidas. Em São Luís sua marca foi o desprezo e uma série de obras inacabadas e mal feitas.